Ritual

do Matrimônio

 

Ofício do Noivado

 

 


Conteudo:  Ofício do Matrimônio ou Ofício da Coroação.  Explicação Dos Atos Simbólicos Praticados Durante a Celebração do Mistério do Casamento.


 

 

 

Após a Divina Liturgia, estando o sacerdote no templo, aqueles que desejam ser unidos encontram-se em frente das santas portas: o homem à direita, e a mulher à esquerda. Ambas as alianças encontram-se sobre a mesa (previamente colocada no centro da igreja), no canto inferior direito da mesma. O sacerdote faz o sinal da cruz, três vezes, sobre as cabeças dos nubentes e dá-lhes velas acesas, e o diácono (se á um, caso contrário isto é omitido) diz:

Diácono: Abençoa, Soberano.

Sacerdote: Bendito seja Deus nosso em todos os tempos, agora e sempre, e pelos séculos dos séculos.

Coro: Amém.

Diácono: Em paz oremos ao Senhor.

Coro: Senhor, tem piedade.

Diácono: Pela paz celestial, e a salvação de nossas almas, oremos ao Senhor.

Coro: Senhor, tem piedade.

Diácono: Pela paz do mundo inteiro, pela estabilidade da santa igreja de Deus, e pela união de todos, oremos ao Senhor.

Coro: Senhor, tem piedade.

Diácono: Por este santo templo, e por aqueles que com fé, devoção e temor de Deus nele entram, oremos ao Senhor.

Coro: Senhor, tem piedade.

Diácono: Pelo episcopado Ortodoxo da Igreja Russa, pelo Reverendíssimo Monsenhor nosso, Metropolita Vitaly, primaz da Igreja Russa no Exílio; pelo nosso Reverendo Senhor Arcebispo (ou Bispo) N; pelo venerável presbitério, diaconato em Cristo, e por todo o clero e povo, oremos ao Senhor.

Coro: Senhor, tem piedade.

Diácono: Pela sofredora terra Russa e seu povo Ortodoxo, tanto na terra natal como na diáspora, e pela sua salvação, oremos ao Senhor.

Coro: Senhor, tem piedade.

Diácono: Que ele liberte seu povo dos inimigos visíveis e invisíveis, e nos afirme na união de espírito, amor fraterno e devoção, oremos ao Senhor.

Coro: Senhor, tem piedade.

Diácono: Por este país, suas autoridades e forças armadas, oremos ao Senhor.

Coro: Senhor, tem piedade.

Diácono: Pelo servo de Deus N., e pela serva de Deus N., que agora ficam noivos e pela salvação deles, oremos ao Senhor.

Coro: Senhor, tem piedade.

Diácono: Pela concessão a eles de filhos para a continuação da raça deles; e por todos os pedidos deles, que são para salvação, oremos ao Senhor.

Coro: Senhor, tem piedade.

Diácono: Para que seja enviado a eles amor perfeito e pacífico, e amparo, oremos ao Senhor.

Coro: Senhor, tem piedade.

Diácono: Para que eles sejam guardados em concordância e inabalável fé, oremos ao senhor.

Coro: Senhor, tem piedade.

Diácono: Para que eles sejam abençoados com uma vida irrepreensível, oremos ao Senhor.

Coro: Senhor, tem piedade.

Diácono: Para que o Senhor nosso Deus dê-lhes um matrimônio honrado e um leito puro, oremos ao Senhor.

Coro: Senhor, tem piedade.

Diácono: Para que eles sejam livres de toda tribulação, ira e necessidade, oremos ao Senhor.

Coro: Senhor, tem piedade.

Diácono: Ampara-nos, salva-nos, tem piedade de nós e guarda-nos, ó Deus pela Tua graça.

Coro: Senhor, tem piedade.

Diácono: Comemorando a nossa Santíssima, puríssima, bendita e gloriosa Senhora, Mãe de Deus, e sempre Virgem Maria, com todos os Santos encomendamo-nos mutuamente, uns aos outros e toda nossa vida, a Cristo Deus.

Coro: A Ti, Senhor.

Sacerdote: Porque a Ti pertence toda glória, honra e adoração, Pai, Filho e Espírito Santo, agora e sempre e pelos séculos dos séculos.

Coro: Amém.

Após isto, o Sacerdote diz em voz alta, a seguinte oração:

Ó Deus eterno, que congregaste os dispersos e instituíste um vínculo de amor indissolúvel, que abençoaste Isaac e Rebeca, e os fizeste herdeiros de Tua promessa, abençoa também esses Teus servos N e N guiando-os para toda boa ação.

Porque és um Deus misericordioso e amigo dos homens, e nós Te rendemos glória, Pai, Filho e Espírito Santo, agora e sempre e pelos séculos dos séculos.

Coro: Amém.

Sacerdote: Paz a todos.

Coro: E com Teu Espírito.

Sacerdote: Inclinai vossas cabeças ante o Senhor.

Coro: A Ti, Senhor.

Sacerdote: Ó Senhor Deus Nosso, que tomaste dos gentios a Igreja por Tua noiva, virgem e pura, abençoa este noivado e una esses Teus servos em paz e harmonia. porque a Ti se deve toda glória, honra e adoração , Pai, Filho e Espírito Santo, agora e sempre e pelos séculos dos séculos.

Coro: Amém.

O Sacerdote toma as alianças e com elas abençoa os noivos, três vezes, fazendo o sinal da cruz sobre o noivo com o anel da noiva, e sobre a noiva com o anel do noivo, dizendo:

Compromete-se o servo de Deus N, com a serva de Deus N, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, Amém.

E diz à mulher:

Compromete-se a serva de Deus N, com o servo de Deus N, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, Amém.

Em seguida coloca as alianças nos dedos anulares das mãos direitas. Depois o padrinho muda as alianças três vezes.

Diácono: Oremos ao Senhor.

Coro: Senhor, tem piedade.

Sacerdote: Senhor, nosso Deus, que acompanhaste o servo do Patriarca Abraão através da mesopotâmia, quando foi enviado à procura duma noiva para seu senhor Isaac, e fizeste de seu pedido de água um sinal para revelar o noivado de Rebeca, abençoa o noivado de teus servos N e N, confirma a palavra que empenharam, e firma-os na união que de Ti provem, pois Tu criaste desde o princípio os dois sexos e estabeleceste a união do homem e da mulher, para a ajuda mútua e para a procriação do gênero humano. Tu pois, que revelaste a verdade à Tua herança, e comunicaste a promessa aos Teus servos, nossos pais, que escolheste, no decorrer dos séculos, olha sobre Teu servo N e Tua serva N e firme o noivado deles na fidelidade, na concórdia, na verdade e no amor. Porque, Tu Senhor, determinaste que se dê um penhor e por ele se ratifiquem todos os contratos, pois pelo anel, foi entregue a José o poder no Egito; pelo anel, foi Daniel honrado no país de Babel; pelo anel, foi reconhecida a verdade sobre Tamar; pelo anel, nosso Pai Celeste compadeceu-se de seu Filho dizendo: colocai um anel na sua mão, matai o vitelo gordo e comamos e banqueteemo-nos. Tua direita, Senhor, fez Moisés e seus soldados atravessarem o Mar Vermelho, com a palavra de Tua verdade os céus firmaram-se e a Terra estabeleceu-se; e a direita de Teus servos receberá a benção de Tua palavra excelsa e de Teu braço forte. Agora, também, Mestre, bendiz a entrega destes dois anéis, com uma benção celeste e que Teu anjo acompanhe esses noivos todos os dias de sua vida.

Porque és Tu que abençoas e santificas todas as coisas, e a Ti rendemos glória, Pai, Filho e Espírito Santo, agora e sempre e pelos séculos dos séculos.

Coro: Amém.

Diácono: Tem piedade de nós, ó Deus, pela Tua grande misericórdia, nós te imploramos, ouve-nos e tem piedade.

Coro: Senhor, tem piedade (Três vezes).

Diácono: Pelo episcopado Ortodoxo da Igreja Russa, pelo Reverendíssimo Monsenhor nosso, Metropolita Vitaly, Primaz da igreja Russa no Exílio, pelo nosso Reverendo senhor, Arcebispo (ou Bispo) N, pelo venerável presbitério, diaconato em Cristo e por todo o clero e povo, oremos ao Senhor.

Coro: Senhor, tem piedade (três vezes).

Diácono: que Ele liberte seu povo dos inimigos visíveis e invisíveis, e nos afirme na união de espírito, amor fraterno e devoção, oremos ao Senhor.

Coro: Senhor, tem piedade (três vezes).

Diácono: Por este país, suas autoridades e forças armadas, oremos ao Senhor.

Coro: Senhor, tem piedade (três vezes).

Diácono: Oremos ainda pelos servos de Deus N e N, que ficaram noivos.

Coro: Senhor, tem piedade (três vezes).

Diácono: Oremos ainda por toda a irmandade e por todos os cristãos.

Coro: Senhor, tem piedade (três vezes).

Sacerdote: Porque Tu és misericordioso e amigo dos homens, e a Ti rendemos glória, ao Pai, Filho e Espírito Santo, agora e sempre e pelos séculos dos séculos.

Coro: Amém.

 

Ofício do Matrimônio

ou

Ofício da Coroação

Se, porém, eles desejam ser casados ao mesmo tempo (isto é, imediatamente após o noivado), eles entram no templo com velas acesas, precedidos pelo Sacerdote com o turíbulo.

O Sacerdote ou o Diácono reza o salmo 127; a e cada versículo o coro canta: "Glória a Ti, ó Nosso Deus, Glória a Ti."

Diácono: Bem-aventurados os que temem o Senhor.

Coro: Glória a Ti, ó Nosso Deus, glória a Ti.

Diácono: Os que andam nos Seus caminhos.

Coro: Glória a Ti, ó Nosso Deus, glória a Ti.

Diácono: Do trabalho das Tuas mãos viverás.

Coro: Glória a Ti, ó Nosso Deus, glória a Ti.

Diácono: Bem-aventurado és, e terás bem-estar.

Coro: Glória a Ti, ó Nosso Deus, glória a Ti.

Diácono: Tua esposa será como uma vinha fecunda, aos lados de tua casa.

Coro: Glória a Ti, ó Nosso Deus, glória a Ti.

Diácono: Teus filhos serão como rebentos de oliveira, ao redor de tua mesa.

Coro: Glória a Ti, ó Nosso Deus, glória a Ti.

Diácono: Assim será abençoado o homem, que teme o senhor.

Coro: Glória a Ti, ó Nosso Deus, glória a Ti.

Diácono: De Sião te abençoará o Senhor, e verão os bens de Jerusalém, todos os dias de tua vida.

Coro: Glória a Ti, ó Nosso Deus, glória a Ti.

Diácono: E verás os filhos de teus filhos, e a paz sobre Israel.

Coro: Glória a Ti, ó Nosso Deus, glória a Ti.

Após isto, o Sacerdote deve fazer uma exortação, contando a eles do que consiste o sacramento do Matrimônio, e como eles devem viver para agradar a Deus e honrar o matrimônio.

Acabada a exortação, o Sacerdote pergunta ao noivo: N., queres receber, por tua livre vontade, N., aqui presente, por tua legítima esposa?

E o noivo responde: Quero, reverendo padre.

E continua o Sacerdote: Não te prometeste a outra noiva?

Noivo: Não me prometi, reverendo padre.

Então o Sacerdote se dirige à noiva: N., queres receber, por tua livre e espontânea vontade, N.,; aqui presente, por teu legítimo esposo?

Noiva: Quero, reverendo padre.

Sacerdote: Não te prometeste a outro noivo?

Noiva: Não me prometi, reverendo padre.

Em seguida, o Diácono (se há um, caso contrário isto é omitido) diz: Abençoa, Soberano.

Sacerdote: Bendito é o Reino do Pai, do Filho e do Espírito Santo, agora e sempre, e pelos séculos dos séculos.

Coro: Amém.

Diácono: Em paz, oremos ao Senhor.

Coro: Senhor, tem piedade.

Diácono: pela paz que vem do alto e pela salvação de nossas almas, oremos ao Senhor.

Coro: Senhor, tem piedade.

Diácono: Pela paz do mundo inteiro, pela estabilidade das santas Igrejas de Deus, e pela união de todos, oremos ao Senhor.

Coro: Senhor, tem piedade.

Diácono: Por este santo templo e pelos que nele entram com fé, devoção e temor de Deus, oremos ao Senhor.

Coro: Senhor, tem piedade.

Diácono: Pelo episcopado Ortodoxo da Igreja Russa, pelo Reverendíssimo Monsenhor nosso, Metropolita Vitaly, Primaz da igreja Russa no Exílio, pelo nosso Reverendo senhor, Arcebispo (ou Bispo) N, pelo venerável presbitério, diaconato em Cristo e por todo o clero e povo, oremos ao Senhor.

Coro: Senhor, tem piedade.

Diácono: Pela sofredora nação Russa e seu povo Ortodoxo, tanto na terra natal como na diáspora, e pela salvação deles, oremos ao Senhor.

Coro: Senhor, tem piedade.

Diácono: Que ele liberte seu povo dos inimigos visíveis e invisíveis, e nos afirme na união de espírito, amor fraterno e devoção, oremos ao Senhor.

Coro: Senhor, tem piedade.

Diácono: Por este país, suas autoridades e forças armadas, oremos ao Senhor.

Coro: Senhor, tem piedade.

Diácono: Pelos servos de Deus N. e N., que se unem agora pelo vínculo do matrimônio, e pela sua salvação, oremos ao Senhor.

Coro: Senhor, tem piedade.

Diácono: Para que estas bodas sejam abençoadas, como foram as bodas de Caná da Galiléia, oremos ao Senhor.

Coro: Senhor, tem piedade.

Diácono: Para que lhes sejam dadas continência e fecundidade, para o seu bem, oremos ao Senhor.

Coro: Senhor, tem piedade.

Diácono: Para que tenham a felicidade de ver filhos e filhas, oremos ao senhor.

Coro: Senhor, tem piedade.

Diácono: Para que Deus lhes conceda uma posteridade numerosa, e uma conduta irrepreensível, oremos ao Senhor.

Coro: Senhor, tem piedade.

Diácono: Para que a eles e a nós sejam dadas todas as graças úteis à salvação, oremos ao Senhor.

Coro: Senhor, tem piedade.

Diácono: Para que sejamos livres de toda aflição, ira, perigo e necessidade, oremos ao Senhor.

Coro: Senhor, tem piedade.

Diácono: Ampara-nos, salva-nos e tem piedade de nós, e conserva-nos, ó Deus pela Tua graça.

Coro: Senhor, tem piedade.

Diácono: Comemorando a Santíssima, puríssima, bendita e gloriosa Senhora Nossa Mãe de Deus, e sempre Virgem Maria com todos os santos, recomendamo-nos mutuamente, uns aos outros e toda nossa vida a Cristo nosso Deus.

Coro: A Ti, Senhor.

Sacerdote: Porque a Ti pertence toda a glória, honra e adoração, Pai, Filho e Espírito Santo, agora e sempre, e pelos os séculos dos séculos.

Coro: Amém.

Diácono: Oremos ao Senhor.

Coro: Senhor, tem piedade.

E o Sacerdote recita em voz alta, a seguinte oração:

Ó Deus puro, Criador de todos os seres, que em teu amor pelos homens, formaste da costela de Adão, nosso primeiro pai, a mulher e os abençoaste, dizendo: "Sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a," e os fizeste, pelo casamento, um só corpo; heis porque o homem deixará pai e mãe, e se unirá à sua mulher e serão os dois uma só carne; portanto, não separe o homem o que Deus uniu. Ó Deus, que abençoaste o Teu servo Abraão, e, dando a fecundidade a Sara, fizeste dele o pai de numerosas nações; que destes Rebeca a Isaac e abençoaste a sua descendência; que uniste Jacó e Raquel e dele fizeste nascer os doze Patriarcas; que uniste José a Asenet e lhes deste Efraim e Manassés, como fruto de seu casamento; que atentaste à súplica de Zacarias e Elizabete e constituíste seu filho, Precursor do Senhor; que da estirpe de Jesé Fizeste nascer, segundo a carne a sempre Virgem, e nela tornaste carne e nasceste para a salvação do gênero humano; que por Tua graça inefável e Tua grande bondade, foste a caná da Galiléia e abençoastes as bodas ai celebradas, a fim de manifestar que da tua vontade procede o casamento legítimo e o nascimento dos filhos que dele resulta; atendei portanto, Senhor de toda santidade à nossa súplica, e, por Tua presença invisível aqui como lá, abençoa essas bodas e dá a estes Teus servos N. e N., uma vida pacífica, longos dias, continência e amor mútuos na união da paz, uma posteridade perene, a graça dos filhos e a coroa da glória que não fenece; torna-os dignos de ver os filhos dos seus filhos; guarda seu leito em abrigo seguro; dá-lhes do orvalho do céu e dos produtos da terra; enche sua casa de pão, vinho e azeite e de todos os bens, para que possam distribuir aos necessitados; dá, também, aos que estão aqui presentes, todas as graças necessárias à salvação.

Porque és o Deus da misericórdia, da compaixão e do amor pelos homens, e nós Te rendemos glória, assim como a Teu Pai eterno a Teu Espírito Santo, bom e vivificante, agora e sempre e pelos séculos dos séculos.

Coro: Amém.

Diácono: Oremos ao Senhor.

Coro: Senhor, tem piedade.

Sacerdote: Bendito és, Senhor nosso Deus, autor das bodas místicas e imaculadas, legislador do matrimônio corporal, guardião da pureza, sábio dispensador dos bens da vida; Tu que, no princípio, criaste o homem e o constituíste rei da criação e disseste: "Não é bom que o homem esteja só sobre a terra. Vou fazer-lhe um auxiliar que lhe convenha"; e tiraste uma das suas costelas e dela formaste uma mulher; e, quando Adão a viu, exclamou: "Éis osso de meus ossos, e carne de minha carne. Esta se chamará mulher, porque do homem foi tirada." É por isso que o homem deixará pai e mãe, e se unirá à sua mulher, e serão os dois uma só carne; e não separe o homem o que Deus uniu. Agora, Senhor, envia Tua graça celeste sobre Teus servos N. e N., dai a esta nubente ser, em tudo, submissa a seu marido; e faze que este Teu servo seja a cabeçada mulher para que vivam segundo Tua vontade.

Abençoa-os, Senhor nosso Deus, como abençoaste Abraão e Sara.

Abençoa-os, Senhor nosso Deus, como abençoaste Isaac e Rebeca.

Abençoa-os, Senhor nosso Deus, como abençoaste Jacó e todos os Patriarcas.

Abençoa-os, Senhor nosso Deus, como abençoaste José e Asenet.

Abençoa-os, Senhor nosso Deus, como abençoaste Moisés e Séfora.

Abençoa-os, Senhor nosso Deus, como abençoaste Joaquim e Anna.

Abençoa-os, Senhor nosso Deus, como abençoaste Zacarias e Elizabete.

Guarda-os, Senhor nosso Deus, como guardaste Noé na Arca.

Guarda-os, Senhor nosso Deus, como guardaste Jonas no ventre do peixe.

Guarda-os, Senhor nosso Deus, como guardaste os três santos jovens na fornalha, enviando-lhes o orvalho do céu, e que tenham tanta alegria, quanto teve a feliz Helena, quando achou a Cruz Venerável.

Lembra-Te deles, Senhor nosso Deus, como Te lembraste de Henoc, Sem e Elias.

Lembra-Te deles, Senhor nosso Deus, como Te lembraste de Teus quarenta santos Mártires, sobre os quais fizeste cair as coroas do céu.

Lembra-Te, Senhor nosso Deus, dos seus pais, que os criaram, porque as preces dos pais firmam as bases dos lares.

Lembra-Te, Senhor nosso Deus, dos Teus servos os padrinhos, que participam desta alegria.

Lembra-Te, Senhor nosso Deus, de Teus servos N. e N. e abençoa-os.

Dá-lhes a fecundidade, uma descendência formosa e a harmonia do corpo e da alma; exaltai-os como o cedro do Líbano e como uma vinha fértil; dá-lhes os frutos da espiga, a fim de que, satisfeitos, progridam em toda obra boa e agradável aos Teus olhos e vejam os filhos dos seus filhos, como rebentos de oliveira ao redor de sua mesa; e, após Te terem agradado, brilhem como astros em Teu céu. porque a Ti pertence a glória, o poder, a honra e a adoração, com Teu Pai eterno e Teu Espírito vivificante, agora e sempre e pelos séculos dos séculos.

Coro: Amém.

Diácono: Oremos ao Senhor.

Coro: Senhor, tem piedade.

Sacerdote: Ó Deus Santo, que do barro fizeste o homem e de sua costela formaste uma mulher, e lhe uniste como auxiliar semelhante, porque achaste que não é bom que o homem esteja só sobre a terra; agora, também, Senhor, estende a Tua mão do alto da Tua morada santa, e une o Teu servo N. e a Tua serva N., por que de Ti procede a união do homem e da mulher. Une-os na castidade, coroa-os na glória, unifica-os para que se tornem um só corpo; dá-lhes a fecundidade, bons filhos e uma conduta irrepreensível, porque a Ti pertence o poder, o reino, a força e a glória, Pai, Filho e Espírito Santo, agora e sempre e pelos séculos dos séculos.

Coro: Amém.

Em seguida, o Sacerdote toma as coroas, cinge a fronte dos noivos, abençoando-os com o sinal da Cruz sobre suas cabeças e coroa primeiro o noivo, dizendo: "Coroa-se o servo de Deus N. para a serva de Deus N., em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém."

Da mesma forma coroa a noiva dizendo: " Coroa-se a serva de Deus N. para o servo de Deus N., em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém."

E abençoando-os três vezes, o sacerdote diz:

Senhor, Nosso Deus, coroa-os de glória e de honra.

Diácono: Estejamos atentos.

Sacerdote: A paz esteja com todos vós.

Leitor: E com o teu espírito.

Diácono: Sabedoria!

Leitor: Prokimenon no 8o. tom:

" Puseste sobre suas cabeças coroas de pedras preciosas; pediram-Te vida e lhes concedeste ."

Coro: Puseste sobre suas cabeças coroas de pedras preciosas; pediram-Te vida e lhes concedeste.

Leitor: Pois o abençoaste para sempre, Tu o enches de alegria com a Tua face.

Coro: Puseste sobre suas cabeças coroas de pedras preciosas; pediram-Te vida e lhes concedeste.

Leitor: Puseste sobre suas cabeças coroas de pedras preciosas.

Coro: Pediram-Te vida e lhes concedeste.

Diácono: Sabedoria!

Leitor: Leitura da epístola do santo Apóstolo Paulo aos Efésios.

Leitor: Irmãos, dai sempre graças a Deus Pai por tudo, em nome de Jesus Cristo Nosso Senhor. Submetei-vos uns aos outros no temor de Cristo. Que as mulheres sejam submissas a seus maridos como ao Senhor, porque o marido é a cabeça da mulher, como o Cristo é a cabeça da Igreja, seu corpo, do qual ele mesmo é o Salvador. Portanto, assim como a Igreja é submissa a Cristo, sejam as mulheres em tudo submissas a seus maridos. maridos amai vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela, a fim de santificá-la, purificando-a pelo batismo de água, com a palavra de vida, para fazer surgir diante dele uma Igreja resplandecente, sem mancha, nem ruga, nem algo de semelhante, mas santa e imaculada. Devem, igualmente, os maridos, amar suas esposas, como a seu próprio corpo. Amar sua mulher é amar a seu próprio corpo. Nenhum homem jamais odiou a sua própria carne; ao contrário, ele a nutre e trata, como faz Cristo com a Igreja; porque somos membros do seu corpo, somos de sua carne e de seus ossos. Eis porque o homem deixará pai e mãe, e se unirá à sua mulher e serão os dois uma só carne. Este mistério é grande, eu afirmo, em relação a Cristo e à Igreja. Quanto a vós, ame cada um sua mulher como a si mesmo, e a mulher respeite o seu marido.

Sacerdote: A paz esteja contigo.

Leitor: E com teu espírito.

Diácono: sabedoria !

Leitor: Aleluia! Versículo: "Tu, Senhor, nos guardas e nos preservas desde agora e para sempre."

Coro: Aleluia (três vezes)!

Diácono: sabedoria ! Escutemos o Santo Evangelho.

Sacerdote: A paz esteja com todos vós.

Coro: E com teu espírito.

Sacerdote: Leitura do Santo Evangelho segundo São João.

Coro: Glória a Ti, ó Senhor, glória a Ti.

Diácono: Estejamos atentos.

Naquele tempo, celebrou-se uma festa de núpcias em Caná da Galiléia. Lá se encontrava a Mãe de Jesus. Também Jesus e seus discípulos foram convidados para as bodas. Veio a esgotar-se a provisão de vinho e a Mãe de Jesus disse-lhe: "Não tem vinho." "Mulher, respondeu-lhe Jesus: que importa isto a Mim e a Ti? Ainda não chegou a minha hora." Sua Mãe disse àqueles que serviam: "fazei tudo o que ele vos disser." Havia lá seis talhas de pedra, colocadas para servirem às purificações dos judeus. Cada uma delas podia levar duas ou três medidas. Disse-lhes Jesus: "Enchei de água as talhas." E eles as encheram até em cima. Disse-lhes então: "Tirai agora e levai ao mestre-sala." E eles levaram. O mestre-sala provou a água transformada em vinho. Não sabia donde viera aquele vinho, embora o soubessem os servidores que tinham tirado a água. O mestre-sala chamou o esposo e disse-lhe: "Todo homem serve primeiro o vinho bom e quando já os convidados beberam muito, traz o que é inferior. Tu pelo contrário, guardaste até agora o bom vinho." Deste modo, começou Jesus, em Caná da Galiléia, os seus milagres. Manifestou sua glória, e seus discípulos creram Nele.

Coro: Glória a Ti, ó Senhor, glória a Ti.

Diácono: Digamos todos, de toda nossa alma e de todo nosso espírito, digamos.

Coro: Senhor, tem piedade.

Diácono: Senhor Onipotente, Deus de nossos pais, nós Te suplicamos, ouve-nos e tem piedade de nós.

Coro: Senhor, tem piedade.

Diácono: Tem piedade de nós, ó Deus, segundo Tua grande misericórdia, nós Te suplicamos, ouve-nos e tem piedade de nós.

Coro: Senhor, tem piedade. (três vezes).

Diácono: Rogamos ainda, implorando misericórdia, vida, paz, saúde, salvação e visitação para os servos de Deus, N. e N. (e comemora quem deseja).

Coro: Senhor, tem piedade. (três vezes).

Sacerdote: Porque és um Deus Misericordioso e amigos dos homens, e a Ti rendemos glória, Pai, Filho e Espírito Santo, agora e sempre e pelos séculos dos séculos.

Coro: Amém.

Diácono: Oremos ao Senhor.

Coro: Senhor, tem piedade.

Sacerdote: Senhor nosso Deus que, por disposição salutar, quiseste, por Tua presença em Caná da Galiléia, mostrar a dignidade do matrimônio, guarda agora na paz e na concórdia, estes Teus servos N. e N., que achaste bom unir um ao outro; fazei que sua união seja honrosa; guarda seu leito sem mácula; apraza a Teus olhos que sua conduta permaneça pura; e torna-os dignos de alcançar uma velhice fecunda num coração puro, obedecendo a Teus mandamentos. Porque és o nosso Deus da misericórdia e da salvação, e a Ti rendemos glória com Teu Pai e terno e Teu Espírito Santo, bom e vivificante, agora e sempre e pelos séculos dos séculos.

Coro: Amém.

Diácono: Ampara-nos, salva-nos, tem piedade de nós e conserva-nos, ó Deus, pela Tua graça.

Coro: Senhor, tem piedade.

Diácono: Que todo este dia seja perfeito, santo, pacífico e sem pecado, peçamos ao Senhor.

Coro: Concede, ó Senhor.

Diácono: Um anjo de paz, guia fiel, guardião de nossas almas e corpos, peçamos ao Senhor.

Coro: Concede, ó Senhor.

Diácono: O perdão e a remissão de nossos pecados e trangressões, peçamos ao Senhor.

Coro: Concede, ó Senhor.

Diácono: Todas as coisas boas e proveitosas para as nossas almas e pela paz do mundo, peçamos ao Senhor.

Coro: Concede, ó Senhor.

Diácono: Que nos conceda passar restante de nossa vida na paz e no arrependimento, peçamos ao Senhor.

Coro: Concede, ó Senhor.

Diácono: Que nossa de vida tenha um fim cristão, pacífico, isento de dor e de remorso, por uma sentença favorável perante o temível tribunal de Cristo, peçamos ao Senhor.

Coro: Concede, ó Senhor.

Diácono: Pedindo a unidade na fé e a comunhão do Espirito Santo, recomendemo-nos, nós mesmos, uns aos outros e toda nossa vida, a Cristo nosso Deus.

Coro: A Ti, Senhor.

Sacerdote: E digna-nos. Senhor, ousadamente e sem condenação Te invocar Deus Pai Celestial, dizendo:

Coro/Povo: Pai nosso, que estás nos céus; santificado seja o Teu nome; venha a nós o Teu reino, seja feita a Tua vontade, assim na terra, como no céu. O pão nosso consubstancial nos dá hoje. E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores. E não nos deixe cair em tentação, mas livra-nos do mal.

Sacerdote: Pois Teu é o reino, o poder, e a glória, Pai Filho e Espirito Santo, agora e sempre, e pelos séculos dos séculos.

Coro: Amém.

Sacerdote: A paz esteja com todos vós.

Coro: E com o teu espirito.

Diácono: Inclinemos nossas cabeças ante o Senhor.

Coro: A Ti. Senhor.

O Sacerdote benze o cálice comum.

Diácono: Oremos ao Senhor.

Coro: Senhor, tem piedade.

Sacerdote: Ó Deus, que por Teu poder criaste todos os seres; e por Tua força firmaste o Universo; que ornaste a coroa de todas as Tuas criaturas; abençoa também com uma benção espiritual este cálice comum, destinado a todos os que se unem pela comunhão do matrimônio. Porque bendito é o Teu nome e glorificado o Teu reino, Pai, Filho e Espírito Santo, agora e sempre e pelos séculos dos séculos.

Coro: Amém.

O Sacerdote segura o cálice e o apresenta primeiro ao noivo, depois à noiva, que bebem dele três sorvos cada um. Em seguida, faz-se uma procissão, enquanto o Sacerdote ou o coro canta os seguintes hinos:

Terminado o canto, o Sacerdote tira a coroa da cabeça do noivo, dizendo:

Sacerdote: Deus te engrandeça, ó noivo, como a Abraão; te abençoe como a Isaac; te multiplique como a Jacó; anda na paz e guarda, na justiça, os mandamentos de Deus.

Tirando a coroa da cabeça da noiva diz:

Sacerdote: E a ti, ó noiva, Deus engrandeça como a Sara, alegre como a Rebeca e multiplique como a Raquel; viva feliz com teu esposo e guarde os limites da lei, porque isto deseja Deus.

Diácono: Oremos ao Senhor.

Coro: Senhor, tem piedade.

Sacerdote: Senhor nosso Deus, que foste a Caná da Galiléia a abençoaste as bodas ali celebradas, abençoa também a estes Teus servos, que Tua Providência uniu na comunhão do matrimônio; abençoa a sua entrada e a sua saída; dá-lhes longos dias, repletos dos bens da vida; guarda em Teu reino, as suas coroas puras, sem mácula e ao abrigo de todo perigo, pelos séculos dos séculos.

Coro: Amém.

Sacerdote: A paz esteja com todos vós.

Coro: E com teu espírito.

Diácono: Inclinemos nossas cabeças ante o Senhor.

Coro: A Ti, senhor.

Sacerdote: Abençoa-vos o Pai, o Filho e Espírito Santo, Trindade Santa, consubtancial e fonte da vida, Deus uno e único Reino; e vos dê longos dias, bons filhos, o crescimento na vida e na fé; e vos conceda em abundância tudo o que há de bom na terra, e vos torne dignos de possuir os bens que prometeu, pelas intercessões da Santíssima Mãe de Deus, e de todos os Santos.

Coro: Amém.

(Oração para a remoção das coroas, a qual se lia no oitavo dia após o casamento. Agora, geralmente lê-se no dia do matrimônio).

Diácono: Oremos ao Senhor.

Coro: Senhor, tem piedade.

Sacerdote: senhor nosso Deus, que abençoaste a coroa do ano a determinaste que se coloquem estas coroas sobre aqueles, que a lei do Matrimônio uniu, dando-as, como recompensa pela castidade, pois se apresentaram puros para a união matrimonial, por Ti tornada lei; abençoa, neste momento em que se tiram as coroas, Teus servos casados, conserva sua união sem separação, para que continuamente dêem graça a Teu santo nome, Pai, Filho e Espírito Santo, agora e sempre e pelos séculos dos séculos.

Coro: Amém.

Sacerdote: A paz esteja com todos vós.

Coro: E com o teu espírito.

Diácono: Inclinemos nossas cabeças ante o Senhor.

Coro: A Ti, Senhor.

Sacerdote: Estes Teus servos, que vieram em concórdia, ó Senhor, e cumprindo o ritual das bodas, como em Caná da Galiléia, mostrando seu simbolismo, Te rendem glória, Pai, Filho e Espírito Santo, agora e sempre e pelos séculos dos séculos.

Coro: Amém.

Diácono: Sabedoria!

Sacerdote: Santíssima Mãe de Deus, salva-nos.

Coro: Mais venerável que os Querubins e mais gloriosa que os Serafins, que ilibadamente deste à luz o Verbo de Deis, logo és verdadeiramente Mãe de Deus, pois nós Te glorificamos.

Sacerdote: Glória a Ti,, ó Cristo Deus nossa esperança, glória a Ti.

Coro: Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.

Senhor tem piedade (três vezes).

Pai (Mestre) abençoe.

Sacerdote: Ó Cristo, nosso verdadeiro Deus, que por sua presença em Caná da Galileia, mostrou o matrimônio honroso, tenha piedade de nós e salve-nos pelas intercessões de Tua Santíssima Mãe, dos Santos e gloriosos Apóstolos, dos santos reis, coroados por Deus e semelhantes aos Apóstolos, Constantino e Helena, do santo e glorioso mártir Procópio, e de todos os santos, pois Tu és bom e amigo dos homens.

Coro: Amém.

Diácono: Uma próspera e pacífica vida, saúde e salvação, e bom sucesso em todas as coisas, concede, ó Senhor, a teus recém-casados servos N e N e preserva-os para muitos anos.

Coro: Muitos anos! (três vezes).

 

Explicação Dos Atos Simbólicos

Praticados Durante a Celebração

do Mistério do Casamento

 

De acordo com os cânones da igreja, o casamento deve ser celebrado após a liturgia, para que os noivos, tendo orado durante o ato litúrgico, a exemplo dos antigos cristãos, e tendo se purificado através do mistério da confissão e da comunhão como corpo e sangue de Cristo, estejam devidamente preparados para receberem a bênção do mistério do casamento.

(1) Na igreja, o noivo se posiciona à direita e a noiva à esquerda, para obedecerem às normas estabelecidas por Deus : o marido é o chefe do casal e , ficando à direita, simboliza a posição que irá ocupar.

(2) As duas alianças para os noivos - uma de ouro e outra de prata, são colocadas juntas no altar, significando que os nubentes entregam seus destinos aos desígnios da Divina Providência, e que pedem a Deus, simbolizado por Seu altar, a bênção para a sua união.

(3) As velas claras acesas, nas mãos dos noivos, simbolizam as aspirações que os levaram ao casamento, ou seja, que são claras, puras e livres de interesse - porque o casamento é um ato puro, santo, que não teme a luz, como se escondem desta luz o pecado e a luxúria.

Desta forma, como as velas irradiam luz clara e forte, assim também as almas dos nubentes devem estar claras, puras e castas para o ato.

Assim, também, como ardem as chamas das velas, deve arder a chama do amor dos noivos durante toda a vida de casados, e o amor à santa igreja que os abençoa.

(4) A incensação, em forma de cruz, do noivo e da noiva ao entrarem na igreja, simboliza a presença do Espírito Santo, diante do Qual é afastado dos nubentes, pelo ato de incensar, todo poder do mal.

(5) Depois de orar pelos nubentes, o sacerdote toma as alianças que estavam no altar, e as coloca, respectivamente, no dedo anular da mão direita: a de ouro no dedo do noivo em sinal de que este, como o sol, deve irradiar para sua esposa a luz do bom senso e do amor a Deus, e a de prata no dedo da noiva, simbolizando que ela, como a lua, reflete a luz do marido e lhe deve obediência. O anel (aliança), segundo tradições antigas, serve para selar o compromisso. Pela troca de alianças, efetuada por três vezes consecutivas, estabelece-se a total confiança entre os nubentes: de agora em diante, eles confiam um ao outro seus direitos, sua honra e paz de espírito; a partir de então, eles passam a viver um para o outro e compartilhar de tudo, sendo que o ato de compartilhar entre eles será constante e infinito. Assim como o anel de casamento - a aliança - não tem fim, também a união deverá ser eterna e sem rompimentos.

(6) O noivo, em testemunho do seu amor e da supremacia de sua força física que, doravante, será usada na proteção de sua companheira, lhe entrega a aliança de ouro, simbolizando a intenção de amá-la e protegê-la, e esta, por sua vez, entrega ao noivo a aliança de prata em sinal de sua devoção e do desejo de sua proteção por toda vida.

(7) Os nubentes se aproximam do altar, onde se encontra o Santo Evangelho e o Crucifixo de Cristo. Com isto a igreja dá a entender que, em todo os caminhos que o casal trilhar nesta vida, em todas as ações e obras que empreenderem, os cônjuges deverão ter diante de si os mandamentos de Cristo, constantes no evangelho, para que busquem nas chagas do Cristo Redentor crucificado o consolo nas provações da vida.

(8) Nas palavras dos Santos Salmos, entoados durante o ato, que louvam o temor a Deus das pessoas piedosas em seus afazeres cotidianos da vida do casal, "Felizes os que Temem ao Senhor, e que trilham os Seus caminhos" (Salmo 127, I) - eis a pedra fundamental e verdadeira do segredo da felicidade do casal, assim como é verdadeira a palavra de Deus. Desta forma, a verdadeira felicidade do matrimonio dependerá de como os cônjuges se comportarão em relação a Deus e se seguirão desígnios divinos, obedecendo Suas leis. Neste caso, o próprio Senhor, como todo o Seu poder e sabedoria, os guiará para a felicidade e o bem-estar, íntimo e material, enquanto que aqueles que desprezam Seus santos mandamentos, somente encontrarão a desgraça e o sofrimento. É portanto uma pena se as santas palavras, proferidas neste momento solene, não são ouvidas por aqueles aos quais elas deveriam ser as mais preciosas.

(9) Os noivos se colocam em pé em uma só base (um pedaço de tecido), ato este que simboliza que deverão doravante dividir e compartilhar os acontecimentos, tanto felizes como aqueles mais sombrios.

(10) Depois, diante de todos os presentes e diante da Cruz do Salvador e de Seu Evangelho, os noivos manifestam sua feliz e espontânea vontade de se casarem, após o que começa a cerimônia do casamento.

Como pode ser visto, segundo os mandamentos da santa igreja, o noivo e a noiva devem se unir pela vontade e concordância de ambos. O bem-querer espontâneo, que ambos sentem um pelo outro, é a garantia da felicidade em sua vida de casados, e é uma das condições mais importantes para a realização do casamento. É portanto um pecado gravíssimo dos pais obrigarem os filhos a contrair matrimônio, sem levarem em conta seus desejos, o que é ainda pior, sabendo que seus filhos não desejam contrair núpcias com alguém, os obrigarem a tal ato, sujeitando-os a uma vida conjugal de discordância e tristeza. Aliás, o afeto que une os noivos e que lhes fora inspirado pelas palavras de Deus, deve ser abençoado por seus pais ou por aqueles que tomaram o lugar destes. Também pecam os filhos que se casam sem serem abençoados por seus pais. Isto porque as preces dos pais e o ato de abençoar o casamento dos filhos, de acordo com a palavra do Senhor, sacramentam os laços do casamento, da felicidade e do bem-estar do casal.

Desta forma, após a manifestação dos noivos, diante da face do Senhor e diante de todos os presentes na igreja, quanto ao desejo mútuo de se casarem, é dado o início ao sacramento do matrimonio.

(11) As preces tocantes, proferidas pelo sacerdote, lembram os casamentos dos santos e dos nossos antepassados, abençoados pelo próprio Senhor, e suplicam a mesma bênção do Santíssimo para os nubentes: que os proteja, assim como foi protegido Noé em sua arca, como foi Jonas no ventre da baleia, e os três jovens no forno dos babilônios; pede-se ao Senhor que una o casal em pensamentos e atos, que lhes conceda a longevidade e vida eterna nos céus, e que faça prover sua existência de toda a fartura que necessitarem, para que façam bom uso dela e ainda possam reparti-la com aqueles menos favorecidos. O sacerdote ainda eleva as preces pedindo a bênção não somente para os nubentes, mas também para seus pais, cujas orações sacramentam o novo enlace.

(12) É chegado o momento mais importante, solene e sagrado da cerimonia. Os nubentes, abençoados, recebem as coroas, que simbolizam que eles, agora, com os símbolos do poder, se tornam fundadores de uma família e donos do lar, os reis, por assim dizer, de uma geração futura e que recebem a incumbência de utilizar este poder para a felicidade dos que vierem se juntara esta família.

Como no passado se adornavam com coroas as cabeças dos vencedores, o ato simbólico de coroar as cabeças dos noivos é o prêmio pela castidade que mantiveram antes do casamento. As coroas, como explicam as santas escrituras, adornam as cabeças dos nubentes para demonstrar que não cederam às paixões antes do casamento e que, puros, chegam ao leito nupcial como vencedores das tentações dos prazeres carnais. Isto porque, se alguém cedeu às tentações e se entregou ao gozo das paixões proibidas, não tem justificativa para usar a coroa do vencedor. O que devem sentir os nubentes que falharam no propósito de chegar castos ao casamento, e que não merecem as coroas matrimoniais ? Devem sentir-se indignos delas e assim, conscientes do seu erro, tentar redimir-se através da penitência e praticando atos que agradam ao Nosso Senhor.

(13) Ao colocar as coroas nas cabeças dos nubentes, o sacerdote profere as palavras do mistério (Casa-se o servo de Deus....., casa-se a serva de Deus....). e , por três vezes, lembrando a Santíssima Trindade, abençoa os noivos, exclamando: "Deus , Nosso Senhor, com Tua graça e glória eu os caso." É como se dissesse: Deus, nosso Senhor, assim como este casal está adorando com as coroas nupciais, adorne esta união por toda a vida com Tua graça e glória, com todas as dádivas da Tua bênção; que brilhem os novos cônjuges com o exemplo de uma vida pura e santa, assim como brilham suas coroas, e que merecem a felicidade nos céus, prometida àqueles que sabem vencer os maus costumes deste mundo e a luxúria, e que se esforçam em zelar pela fidelidade conjugal e praticar atos cristãos.

Assim a santa igreja, através dos mistérios, faz com que os nubentes recebam a bênção do Espírito Santo, que abençoa sua união, o nascimento dos filhos e a educação destes. A partir deste momento o noivo passa a ser o esposo, e a noiva a esposa, que se unem pelos laços sagrados e indissolúveis do matrimônio, segundo as palavras de Cristo: "O que Deus une, o homem não separa."

(14) Após a leitura do Evangelho, novos conselhos são feitos ao casal: é trazida uma taça (um cálice ?) com vinho tinto, o sacerdote a abençoa e dá de beber aos nubentes, por três vezes consecutivas, em sinal de que, doravante, em toda a sua vida conjugal, deverão ter tudo de comum acordo - os mesmos desejos e intenções, de que deverão dividir tudo por que passarem - a felicidade e a desgraça, as alegrias e tristezas, o trabalho e o repouso, os grandes feitos e o recolhimento por estes feitos.

(15) Depois de terem bebido a taça, o sacerdote junta as mãos direitas dos noivos, cobrindo-as com a ponta de seu paramento sacerdotal, em sinal de que foram unidos em Cristo, e que o esposo recebeu a mão da esposa, pelas mãos do ministro de Deus, da própria igreja.

(16) O sacerdote, então, os conduz em volta do altar por três vezes, o que simboliza a alegria dos nubentes e o júbilo de suas almas. Assim como a volta repetida simboliza a eternidade, o novo casal, ao efetuar o trajeto, exprime que prometem mantê-la intacta, sem rupturas, não importa que empecilhos houver.

(17) A volta, repetida por três vezes, glorifica também a Santíssima Trindade que, desta forma, é chamada para testemunhar as promessas feitas pelos nubentes.

(18) Ao terminarem as voltas, o ministro de Deus retira as coroas dos recém-casados, proferindo saudações especiais em nome do Altíssimo, desejando felicidades, aumento da prole e recomendando guardarem os mandamentos de Deus. O ato da retirada das coroas significa o término do sacramento dos esponsais, com todos os seus rituais, altamente instrutivos.

(19) Finalmente os recém-casados, marido e mulher, beijam um ao outro em sinal solene de seu amor recíproco, diante de toda a igreja - e a cerimonia chega ao final.

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Missionary Leaflet # P28

Copyright © 1999 and Published by

Holy Protection Russian Orthodox Church

2049 Argyle Ave. Los Angeles, California 90068

Editor: Bishop Alexander (Mileant)

 

(marriage_p.doc, 09-29-99)