Ações ou Fé?

Bispo Alexandre Mileant

Traduzido pelo Natalia Martynenko

 

Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, para que eles vejam as vossas boas obras e glorifiquem o Vosso Pai, que está nos céus (Mat. 5:16).

 

 


Conteúdo: Os Dois Extremos. Uma Explicação de Termos. Em Que Devemos Nos Esforçar.

Apêndice: O Santo Pai nas Boas Ações.


 

Os Dois Extremos

Ainda a velha disputa, "os guerreiros," cada um no seu respectivo lado, fincam o pé no chão em suas posições e não cedem nem um pouco. A Igreja Católica Romana, afirma que a salvação é baseada em méritos de um indivíduo. Não só este indivíduo pode se livrar dos pecados pelo seus próprios atos e boas ações, como pode também, adquirir uma abundância de méritos, os quais, podem ser usados por outros. Para suportar a certeza de sua posição, os Católicos enfatizam certas passagens da Sagrada Escritura, na qual, se cita a necessidade de boas ações, como por exemplo: "Porque somos obra sua, criados em Jesus Cristo para fazer boas obras, que Deus preparou para caminharmos nelas" (Efe. 2:10). "Esta é uma verdade infalível; e quero que afirmes isto, para que procurem ser os primeiros nas boas obras aqueles que crêem em Deus. Estas coisas são boas e úteis aos homens" (Tit. 3:8), entre outras.

Rejeitando esta doutrina, os Protestantes pregam que todos nós somos salvos pelos méritos do Salvador. A dádiva pelo perdão dos pecados e a vida eterna, são obtidas sómente pela fé, que é completamente suficiente para a salvação. Não há necessidade de boas obras ou ações, atos de devoção ou nem mesmo perfeição moral. Se diz: Acredite, que você será salvo.

Para suportar esta afirmação, eles mencionam, entre outros textos, as seguintes palavras ditas pelo Apóstolo Paulo: "Porque pelas obras da lei não será justificado nenhum homem diante dêle. Porque, pela lei, vem o conhecimento do pecado. Mas agora manifestou-se sem a lei a justiça de Deus é infundida, pela fé de Jesus Cristo, em todos e sobre todos os que crêem nele; porque não há distinção, porque todos pecaram, e estão privados da glória de Deus, e são justificados gratuitamente pela sua graça por meio da redenção, que está em Jesus Cristo, a quem Deus propôs como vítima de propiciação, em virtude do seu sangue por meio da fé, a fim de manifestar a sua justiça pela remissão dos delitos passados, suportados por Deus, a fim de manifestar a sua justiça no tempo presente, de maneira a ser reconhecido justo e justificador daquele que tem fé em Jesus Cristo. Onde está pois, o motivo de te gloriares? Todo ele foi excluído. E por que lei? Pela das obras? Não; mas pela lei da fé. Porquanto julgamos que o homem é justificado pela fé, sem as obras da lei" (Rom. 3:20-28). E mais palavras como: "Mas, como sabemos que o homem não se justifica pelas obras da lei, senão pela fé de Jesus Cristo, por isso também nós cremos em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé em Cristo, e não pelas obras da lei; porquanto nenhum homem será justificado pelas obras da lei" (Gal. 2:16).

Visto que, ambos os lados encontram apoio na Sagrada Escritura, qual dos lados está certo? É lamentável ver como muitas vezes, até mesmo os teólogos Ortodoxos são pegos por esse argumento, sobre como o homem é salvo. Na polêmica com os Católicos eles usam argumentos Protestantes, enquanto que, nas polêmicas com os Protestantes, eles usam argumentos Católicos. Isso cria a impressão de que a Ortodoxia não possui o seu próprio e definido pensamento sobre a salvação, e que se posiciona ao meio, entre o catolicismo e o protestantismo. O Cristão que escuta aos argumentos de ambos os lados, poderá até mesmo chegar a duvidar da veracidade da Sagrada Escritura. Se pode pensar que os Apóstolos não entenderam os ensinamentos de Cristo completamente, ou de que eles não foram capazes de expressar os Seus ensinamentos com suficiente claridade, ou até mesmo de que o conteúdo das Escrituras foi destorcido por adições posteriores, feitas por heréticos. Tal opinião, foi mantida por Lutero e outros teólogos Protestantes, que disputam a autenticidade da Epístola de São Tiago e a Epístola aos Hebreus, alegando que eles falam mais categoricamente sobre a necessidade de boas ações do que outros livros que o Novo Testamento menciona.

 

Uma Explicação de Termos

Na realidade, não há nenhuma contradição nas Escrituras, e nem mesmo poderia haver. A disputa entre os teólogos não ortodoxos se baseia em uma má interpretação ou um equívoco. A questão da salvação foi reduzida de uma esfera espiritual e moral, a um nível formal de categorias jurídicas. A salvação chegou a ser entendida, não como uma renovação de um espírito pecador, ou ainda, como uma aquisição de honradez, mas sim como o resultado de que o homem satisfaça certas condições, sejam elas, boas ações ou obras (como os Católicos), ou fé (como os Protestantes). Portanto, se o homem viola as condições requeridas, não pode ser salvo.

O fato é que, a salvação ou perdição do homem, é o resultado de um estado moral de seu espírito. O paraíso não é simplesmente um lugar, mas também, é o estado ou a condição de um espírito que foi renovado. Cristo não veio à terra, para mudar as nossas condições de vida para melhor, mas sim, para nos dar um renascimento espiritual, curar-nos da corrupção do pecado, restaurar-nos da beleza da imagem de Deus e fazer-nos sentir como filhos de Deus. "Se algum, pois, está em Cristo é uma nova criatura" (2 Cor. 5:17).

Levando em conta que a condição moral do espírito depende da propensão à vontade, o homem precisa usar força para "ajustar" seu coração (q.v. Lucas 17:20 e Mat. 11:12). É por isso que a nossa doutrina da salvação, não deve ser considerada ao nível do que fazemos ou deixamos de fazer. A salvação tem que ser considerada como um processo espiritual, conduzido pela graça de Cristo, com a participação ativa pela pessoa que está sendo salva. Para algumas pessoas, este processo é rapidamente completado, como o sábio ladrão que se arrependeu na cruz, enquanto que, para outras este processo é mais lento e indireto. Além disso, o que é espiritualmente preciso para uma pessoa, pode não ser preciso a outra, ou seja, varia com o indivíduo, assim como, o nível de perfeição espiritual que ele poderá atingir. Isto se torna evidente, quando se lê as parábolas da semente e a dos talentos (q.v. Mateus 13:1-23 e 25:14-30).

A fim de convencer-nos que a Sagrada Escritura está livre de qualquer contradição interna, precisamos, em primeiro lugar, definir claramente a sua terminologia, especificamente, o que ela significa pelas ações e pela fé.

Nos textos em que se trata da absolvição pela fé, que são mencionados pelos Protestantes, as palavras do Apóstolo Paulo não estão direcionadas contra as boas ações, mas sim, contra as obras da lei. "Obras da lei," é um termo bem específico, no qual São Paulo se refere ao aspecto ceremonial e ritual da Lei Mosaíca; os sábados judeus e as festividades, a circuncisão, a lavagem e rituais de purificação, as meticulosas distinções entre alimentos que são considerados "limpos" ou não, como também, toda essa estrutura ponderada de costumes religiosos e étnicos que foram surgindo através dos tempos. Embebendo "as obras da lei" com o leite da mãe, os Judeus não consideram a sua religião como uma força para a regeneração moral, consideram-na mais como uma soma total de requerimentos que devem ser estritamente observados, a fim de se obter uma merecida absolvição perante Deus. Quanto mais obras da lei completadas por um indivíduo, maior será sua recompensa, colocando isto em proporções puramente aritméticas. Daí, surgiu-se uma mentalidade mercantil e utilitária, a qual, São Paulo lutou contra, constantemente.

Quando se fala em boas ações, no sentido de uma expressão vívida de fé em Deus, São Paulo não as rejeita, pelo contrário, ele incita aos Cristãos a cumpri-las diligentemente. Como exemplo, ele escreve o seguinte: "Porque com o coração se crê para alcançar a justiça, mas com a boca se faz a confissão para conseguir a salvação" (Rom. 10:10). "Logo, enquanto temos tempo, façamos bem a todos, mas principalmente aos irmãos da fé" (Gal. 6:10). "Porque somos obra sua, criados em Jesus Cristo para fazer boas obras, que Deus preparou para caminharmos nelas" (Efe. 2:10). "Esta é uma verdade infalível; e quero que afirmes isto, para que procurem ser os primeiros nas boas obras aqueles que crêem em Deus. Estas coisas são boas e úteis aos homens" (Tit.3:8). "Logo, ou comais, ou bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus" (1 Cor. 10:31). São Tiago declara-as categoricamente como: "Aquele, pois, que conhece o bem que deve fazer e não o faz, peca" (Tia. 4:17).

Portanto, quando falamos sobre obras, fazemos uma distinção muito importante entre boas ações e as obras da lei, as quais, perderam sua importância no mundo Cristão. Boas ações não são quantidades que podem ser pesadas ou medidas. O valor delas não se encontra em números, mas sim, na dedicação na qual elas são feitas. Por exemplo: uma moeda de pequeno valor de uma pobre viúva, vale muito mais para Deus do que uma grande quantia de dinheiro que os chamados ricos estavam doando ao Templo; "porque todos os outros deitaram do que lhes sobejava; esta, porém, deitou do seu necessário tudo o que tinha, todo o seu sustento" (Marcos 12:44).

Além disso, esta mesma ação pode ser considerada boa ou má, dependendo da intenção na qual ela é feita. Um Fariseu da parábola do Evangelho, passou muito tempo fazendo jejum e orando, mas não se beneficiou disso, porque agiu assim sómente para mostrar a sua boa ação aos outros; porém, a profetisa Ana, alcançou o Espírito Santo através do jejum e de orações (q.v. Lucas 2:36). Os Protestantes que rejeitam o jejum e as orações da Igreja e as julgam desnecessárias, deveriam notar o fato de que esta justa mulher, por suas ações de abstinência e orações, obteve a graça de Deus, mesmo em um período em que esta graça não era acessível ao homem, porque o Espírito Santo ainda não tinha descido perante aos Apóstolos (q.v. João 7:39).

Em conclusão, a importância de boas ações não está tanto na realização de ações em si, mas encontram-se na manifestação das boas qualidades e virtudes do homem. Existe uma definida correspondência a ser notada: cada "ação" ou ato que o homem pratica, deixa um vestígio discernível em sua alma, que pode ser positivo ou negativo. E se estes atos continuam consistentemente, eles gradualmente restituem ao homem virtuosidade ou fundamento.

Portanto, é importante praticar boas ações a fim de adquirir bons hábitos (q.v. Rom. 12:12 e 1Tim. 4:16). Por esta razão, o Evangelho diz: "Bem-aventurados são os que lamentam... Bem-aventurados são aqueles que têm fome e sede de Justiça... Bem-aventurados são os misericordiosos... Bem-aventurados são os pacificadores," significando, que felizes serão as pessoas que constantemente fazem o bem.

Agora, quero tentar esclarecer a essência do conceito da fé. Quando a Sagrada Escritura fala da necessidade de se ter fé, ela se refere a esta palavra não sómente como um abstrato e teórico conhecimento de certas veracidades da religião, mas também, consentir a vontade do homem em entregar-se à Deus. Em outras palavras, a fé contém um elemento ativo, bem definido de ações positivas. Em todas as passagens da Sagrada Escritura, onde se fala do salvamento da fé, sempre se encontram atos bem definidos. É como em nossa vida cotidiana, não basta um engenheiro, por exemplo, adquirir o conhecimento teórico de sua profissão, se ele não tiver a habilidade de pôr este conhecimento em prática. Da mesma maneira, o que Deus espera de nós não é uma fé abstrata, mas sim, uma fé vívida e ativa. É interessante notar, que o mero conhecimento da religião, sem o correspondente modo de vida, não gera nenhum fruto ao homem, pelo contrário, estará sujeito a uma condenação maior ainda, como Cristo disse: "E aquele servo, que conheceu a vontade do seu Senhor, e não se preparou; e não procedeu conforme a sua vontade, levará muitos açoites" (Lucas12:47 e q.v. Rom. 2:13).

Assim, a fé de um Cristão deve abranger um sincero desejo de tornar-se uma pessoa melhor e distinta. Isto demanda um esforço interior, introspecção, arrependimento e uma mudança do modo de vida, para que a nossa fé possa brilhar como uma luz radiante.

 

Em Que Devemos Nos Esforçar?

A questão de que se o homem é salvo pela fé ou por ações, está estruturada de uma maneira errada, porque a salvação da alma não pode ser separada de sua condição espiritual e moral. O Filho de Deus veio à terra, a fim de restabelecer no homem, a harmonia entre seus pensamentos, sentimentos e ações, ou seja, reunindo-se com Ele. A fé não pode ser constituida em oposição as ações; elas devem estar unidas, como o corpo e a alma de um ser humano. Quanto mais o homem pratica suas virtudes, mais forte crescerá sua fé, e quanto mais forte sua fé, mais virtuosa será sua vida, ou seja, uma deve suportar a outra.

Deus não precisa se referir a aceitação de Sua existência ou de demonstrar desempenho automático de certas ações. Ele nos ama tanto que nos ofertou Seu único Filho, como um sacrifício para a nossa redenção. O que poderia ser maior do que esse amor? Resulta que, não devemos louvar a Deus sómente com a metade de nosso coração, mas sim, com todo o nosso coração, circundando nossos corações e nossas vidas.

Para se adicionar ao conceito da essência do Cristianismo, São Pedro escreve aos seus seguidores: "Assim como o Seu divino poder nos deu todas as coisas que dizem respeito à vida e à piedade, por meio do conhecimento daquele que nos chamou pela sua glória e virtude... Ora vós, aplicando todo o cuidado, juntai à vossa fé e a virtude, à virtude a ciência, à ciência a temperança, à temperança a paciência, à paciência à piedade, à piedade o amor fraterno, ao amor fraterno a caridade. Porque, se estas coisas se encontrarem e abundarem em vós, elas não vos deixarão vazios nem infrutuosos no conhecimento de Nosso Senhor Jesus Cristo."

Como que alguém pode se abster do jejum? Como que alguém pode se tornar bondoso e caridoso sem ajudar aos necessitados? É aqui que se nota claramente, que para se ter uma alma virtuosa é preciso praticar a virtuosidade por toda a sua vida.

E São Pedro acrescenta o seguinte: "Porque quem não tem estas coisas é cego e anda às apalpadelas, e esquece-se de que foi purificado dos seus pecados antigos" (2 Pedro 1:3, 5-9). Esta breve e instrutiva passagem, é notável devido a que combina os mais importantes elementos do Cristianismo como: o esforço pessoal, a assistência as graças de Deus, a uma vida honrada e uma melhora progressiva da alma.

É claro que tudo isto requer tempo e paciência, como o Apóstolo Paulo nos ensina, dizendo o seguinte: "Não nos cansemos, pois de fazer o bem, porque a seu tempo colheremos, não desfalecendo. Logo, enquanto temos tempo, façamos bem a todos, mas principalmente aos irmãos da fé" (Gal. 6:9-10). "Na solicitude não sejais negligentes; fervorosos de espírito, servindo ao Senhor" (Rom. 12:11).

Os escritores não ortodoxos discutem futilmente sobre como o homem é salvo. "Porque, em Jesus Cristo, nem a circuncisão vale coisa alguma, nem a incircuncisão, mas sim a fé que obra pela caridade" (Gal. 5:6). Qualquer Cristão que não se esforça em melhorar sua alma, está desperdiçando a graça que lhe foi ofertada, sem nenhum tipo de lucro. Como o Nosso Senhor disse: "Quem não é comigo, é contra mim; e quem não junta comigo, desperdiça" (Mat. 12:30).

São Paulo belamente adiciona o seguinte trecho, que fala sobre o tipo de disposição que nós devemos constantemente manter conosco: "Alegrai-vos incessantemente no Senhor; outra vez digo, alegrai-vos... Não vos inquieteis com nada, mas em todas as circunstâncias manifestai a Deus... Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é santo, tudo o que é amável, tudo o que é de bom nome, qualquer virtude, qualquer louvor da disciplina, seja isto o objeto dos vossos pensamentos. O que aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso praticai; e o Deus da paz será convosco" (Fil. 4:4, 6, 8-9).

Apêndice:

 

O Santo Pai nas Boas Ações

"Permita que cada boa ação que nos empenharmos, seja feita pela glória do Senhor, e assim sendo, será para a nossa glória também. O cumprimento dos mandamentos é santo e puro, sómente quando são feitos com o Senhor em mente, com temor à Deus e com amor à Ele. O inimigo da raça humana (o diabo), tenta de todas as maneiras nos desviar de tal inclinação. Ele usa vários chamarizes terrenos, para fazer o nosso coração se apegar a coisas que consideramos boas neste mundo; ao invés de nos apegarmos ao que é verdadeiramente bom, que é o amor de Deus. O mal tenta perverter e desfigurar qualquer bem que o homem possa fazer; e entre o nosso cumprimento dos mandamentos, ele retira as sementes da vanglória, dúvida, murmúrios, ou algo assim, para transformar a nossa boa ação em algo que não é mais bom. Uma boa ação se torna verdadeiramente boa, sómente quando é feita por Deus, com humildade e zelo. Em tal situação, todas as coisas determinadas pelos mandamentos, se tornam fáceis para nós, porque o nosso amor por Deus, remove todas as dificuldades em manter os Seus mandamentos" (São Efrem, o Sírio).

"Cada pessoa que deseja ser salva, precisa não só evitar o mal, como também, precisa fazer o bem, é como se diz nos Salmos, 'Guarda a tua língua do mal, e os teus lábios, de palavras dolosas' (Sal. 33:14). Por exemplo: se alguém tem tendência a se zangar, não só esta pessoa precisa parar de se zangar, como também, precisa ser mais gentil. Se alguém é orgulhoso, não só deve parar de ser orgulhoso, como também, esta pessoa precisa ser mais modesta. Cada paixão tem a sua oposta virtude: orgulho - modéstia; miserável - generoso; luxúria - simplicidade; covardia - paciência; raiva - amável; ódio - amor" (Abba Dorotheus).

"Nem todos os bons atos são considerados boas ações, mas sómente os bons atos que são feitos por Deus. O aspecto externo de um ato, não constitui sua substância; Deus olha ao coração. Devemos nos sentir humilhados quando percebemos que algum tipo de paixão se apega em cada boa ação que realizamos. O mais proveitoso é a abstinência em moderação. É melhor para nós que sejamos desonrosos e sofrermos e deixar que a vontade de Deus seja feita em tudo o que fazemos; você não deve ceder as angústias a sua própria vontade. Isto seria um ousado ato de orgulho, e poderia acabar acontecendo que você não será capaz de aguentar o que você mesmo ousou a fazer da sua própria vontade. O pecado que é coberto por uma máscara de bondade, secretamente entra e prejudica a alma dos que não se analisam diante do Evangelho. A benevolência evangélica requer uma auto renunciação, a renunciação da própria vontade e mente de alguém" (Starets Nikon).

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Missionary Leaflet # P71

Copyright (c) 1999 and Published by

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Editor: Bishop Alexander (Mileant)

 

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